quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sálvia ajuda no combate ao Alzheimer

Estudo português revela que o extracto desta planta contribui para a melhoria da função cognitiva e comportamental dos doentes de Alzheimer. 

Os extractos de uma espécie de sálvia encontrada nas serras d’Aire e Candeeiros (Salvia sclareoides), podem ajudar a controlar o desenvolvimento da doença de Alzheimer. As conclusões são de um estudo conduzido por investigadores portugueses desde 1992 e que se encontra em fase de registo de patente.

“Vários extractos da espécie de sálvia que estudámos provocam inibições bastante potentes de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer”, disse à Agência Lusa Amélia Pilar Rauter, directora do Grupo de Quimica dos Glicidios da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera a pesquisa com Jorge Justino, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Santarém. (ESAS)

O estudo demonstrou a acção dos extractos desta espécie de sálvia em duas enzimas envolvidas nas neurotransmissões cerebrais o que, segundo Jorge Justino, não permite curar, mas controlar o progressão da patologia. A importância desta descoberta está no baixo custo, na actividade biológica relevante e na ausência de toxicidade. De acordo com este investigador, até a infusão em água (chá) desta planta pode ser utilizada como terapia na doença de Alzheimer.  

A sálvia, de que existem mais de 1400 espécies, é uma das plantas aromáticas e medicinais mais utilizadas na medicina popular. Entre os seus princípios activos já conhecidos estão alguns associados à actividade cardiaca, antibacteriana, insecticida, fungicida e ao combate às células cancerígenas dos pulmões.

O conhecimento e as pesquisas já desenvolvidas nesta área levaram a que a ESAS submetesse à tutela a aprovação e abertura, no próximo ano lectivo, de um mestrado em "Plantas Medicinais com Aplicação Industrial", revelou à Lusa o investigador português.

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