segunda-feira, 23 de março de 2015

PIMENTA-DE-CAIENA

Um condimento que é um analgésico natural

Também conhecida internacionalmente como piri-piri, malagueta ou gindungo, a pimenta-de-caiena tem eficácia comprovada na redução da dor.
A revisão de vários estudos científicos internacionais confirmou que a pimenta-de-caiena, juntamente com o salgueiro branco e o harpago, tem eficácia superior ao placebo e equivalente a vários fármacos na redução da dor. Dezenas de estudos realizados nos últimos anos apontam para um efeito benéfico em vários tipos de cancro.
Segundo várias investigações, quem sofre de cancro da próstata, do cólon, da pele, da mama e dos ossos, deve usar este tempero na sua alimentação. Num estudo de 2002, os participantes ingeriram cinco cápsulas diárias de pimenta-de-caiena 15 minutos antes das refeições, obtendo uma redução da dor epigástrica, enfartamento e naúseas superior à observada no placebo.
Princípios activos:
- Capsaicina, uma molécula muito utilizada em cremes analgésicos e anti-inflamatórios 
- Carotenoides (capsantina e capsorrubina)
- Flavonoides com ação vasodilatadora, óleo essencial e anti-sético
Principais áreas de actuação:
- Dores crónicas em geral (utilizado tópica e internamente)

- Dores reumáticas agravadas pelo frio e pela humidade, como lombalgia, osteoartrite, ciatalgia, cervicalgia, ombro congelado e artrite reumatóide

- Dor associada à nevralgia pós-herpética, nevralgia do trigémio, neuropatia diabética e dor pós-operatória (incluindo pós-mastectomia e pós-amputação)

- Utilizada na obesidade pois aumenta a termogénese (queima das gorduras) e a saciedade

- Estimulante sexual, devido ao seu efeito vasodilatador

- Espasmos e tensão muscular, em uso tópico

- Pode ser utilizada para dar sabor a vários pratos
Administração:Em aplicação externa, utiliza-se com concentrações de capsaicina de 0,025 a 0,5% (aplicar no local da dor duas vezes por dia). Internamente, em extrato seco (em totum vegetal), 500 a 1.000 mg por dia. Como condimento, a quantidade depende da tolerância. 


Fonte: http://lifestyle.sapo.pt, Revisão científica: João Beles (naturopata e coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

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