Estudo português revela que o extracto desta planta contribui para a melhoria da função cognitiva e comportamental dos doentes de Alzheimer.
“Vários extractos da espécie de sálvia que estudámos provocam inibições bastante potentes de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer”, disse à Agência Lusa Amélia Pilar Rauter, directora do Grupo de Quimica dos Glicidios da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera a pesquisa com Jorge Justino, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Santarém. (ESAS)
O estudo demonstrou a acção dos extractos desta espécie de sálvia em duas enzimas envolvidas nas neurotransmissões cerebrais o que, segundo Jorge Justino, não permite curar, mas controlar o progressão da patologia. A importância desta descoberta está no baixo custo, na actividade biológica relevante e na ausência de toxicidade. De acordo com este investigador, até a infusão em água (chá) desta planta pode ser utilizada como terapia na doença de Alzheimer.
A sálvia, de que existem mais de 1400 espécies, é uma das plantas aromáticas e medicinais mais utilizadas na medicina popular. Entre os seus princípios activos já conhecidos estão alguns associados à actividade cardiaca, antibacteriana, insecticida, fungicida e ao combate às células cancerígenas dos pulmões.
O conhecimento e as pesquisas já desenvolvidas nesta área levaram a que a ESAS submetesse à tutela a aprovação e abertura, no próximo ano lectivo, de um mestrado em "Plantas Medicinais com Aplicação Industrial", revelou à Lusa o investigador português.
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