Sabiam que a batata-doce é originária da América Central e chegou à Europa no século XVI, sendo tão antiga em Portugal como a batata.
Conta a lenda que os cavaleiros de Santiago, antes de cada batalha utilizavam como suplemento revigorante uma poção elaborada a partida da batata-doce. Provavelmente, algo parecido com a famosa feijoada de batata-doce de Aljezur.
Em Aljezur, as condições climáticas revelaram-se ideais para a sua cultura, sendo a batata-doce desta região um produto de Indicação Geográfica Protegida (IGP), com direito a um festival desde 2014 de forma a promover este interessante alimento.
A maioria das colheitas ocorre nos meses entre setembro e novembro, pelo que será esta a melhor altura para consumir este tubérculo. Razão pela qual a batata-doce, tal como a castanha, seja também comemorada no Dia de São Martinho.
Em termos de variedade, a batata-doce distingue-se pela sua cor. Podem ser brancas, roxas, amarelas e laranjas. As de cor roxa são características da região de Aljezur.
A nível nutricional é das fontes vegetais mais ricas em vitamina A. Bastam 100g de batata-doce cozida sem pele, para fornecem o dobro da dose diária recomendada (DDR) desta vitamina.
A presença de carotenóides, bem como de antocianinas, dão a cor alaranjada e púrpura, a este alimento fazendo dele uma importante fonte de antioxidantes com elevado potencial anti-inflamatório e protetor celular.
Curiosamente, a batata-doce apresenta baixo valor energético, oferecendo apenas 76 kcal por 100g de parte edível! É ainda fonte de fibra e hidratos de carbono complexos, que potenciam a saciedade, regulam a gordura em circulação e normalizam os picos glicémicos. Apresenta também quantidades significativas de outras vitaminas e minerais, nomeadamente, vitamina C, magnésio e ferro. Estas características fazem com que a batata-doce esteja cada vez mais presente nas dietas dos desportistas de elite e de todos aqueles que necessitam de fazer atividade física regularmente.
De referir ainda o grande potencial gastronómico da batata-doce que pode ser consumida de diversas formas. A mais tradicional é cozida ou assada no forno, sem necessitar de temperos ou gordura adicionada, fazendo dela um saudável substituto da batata, arroz ou massa.
Uma excelente escolha para as refeições de outono!
Fonte: Associação Portuguesa de Nutricionistas e http://nutrimento.pt/noticias
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