quinta-feira, 4 de junho de 2015

Bactéria pode ajudar a detetar tumores no fígado


Uma equipa de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade da Califórnia descobriu que a bactéria Escherichia coli, mais conhecida pela abreviatura E. coli, poderá ajudar a detetar o cancro do fígado que se tenha metastizado a partir de outras partes do corpo.
Muitos tipos de cancro – como o cancro do cólon e o pancreático – têm tendência para alastrar para o fígado. Obviamente que quanto mais depressa forem detetados os tumores no fígado, mais probabilidades existem de o tratamento ser eficaz.
No âmbito de uma experiência com ratos portadores de cancro do cólon metastizado para o fígado, os investigadores modificaram a E. coli de forma a esta produzir um sinal luminescente que pode ser detetado com um simples teste de urina. Como esperado, a bactéria “colonizou” cerca de 90% dos tumores no fígado e graças ao sinal luminescente produzido os investigadores conseguiram identificar mesmo tumores que não seriam detetados com técnicas de imagiologia convencionais.
Os investigadores recorreram ao gene lacZ que transforma por clivagem a lactose em glicose e galactose. Neste caso, o lacZ atuou numa molécula injetada nos ratos, que consistia em galactose ligada à luciferina, uma proteína naturalmente produzida pelos pirilampos que emite luz.
Os investigadores focaram-se na deteção de tumores no fígado, dado que o habitat natural desta bactéria é o lúmen intestinal dos seres humanos e de outros animais de sangue quente e também porque é muito difícil detetar tumores no fígado através da imagiologia tradicional.
Com este novo sistema, é possível detetar tumores com cerca de um milímetro cúbico.
Em termos de efeitos secundários, os ratos não apresentaram qualquer reação. Os resultados em humanos poderão, no entanto, ser diferentes.
Sangeeta Bhatia, líder do estudo, garante que esta técnica poderá vir a ser muito útil na monitorização de pacientes que tenham removido o cólon, dado que se encontram em risco de vir a ter uma reincidência no fígado. Eventualmente, também poderá vir a contribuir para o tratamento do cancro.

Fonte: http://noticias.bancodasaude.com

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