A investigação foi levada a cabo por Thais César, docente do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas daquela instituição universitária, que, ao longo de três semanas, avaliou os efeitos do sumo de laranja fresco e processado no organismo de uma amostra de 37 indivíduos.
Na primeira semana de testes, os participantes consumiram doses de sumo fresco, preparado na hora. Na segunda, ingeriram antes sumo processado industrialmente e, na terceira, um preparado especial, feito à base de água e açúcar, ou seja, uma composição bastante semelhante àquela que é encontrada nos refrigerantes.
Depois da ingestão de cada uma das bebidas, a bióloga tratava de recolher amostras de sangue de cada um dos participantes, por forma a determinar os valores de quatro diferentes substâncias: glicose, insulina, leptina e adiponectina.
Os resultados deram conta que o consumo de sumo, tanto fresco como processado, dá origem a um aumento significativo dos níveis de leptina, uma hormona que está diretamente ligada à sensação de saciedade, atuando numa região do cérebro chamada de hipotálamo e inibindo os receptores do apetite.
Uma vez que os mesmos efeitos não foram verificados com a bebida açucarada, a investigadora acredita que a vitamina C e os isoflavonoides (compostos orgânicos de origem vegetal) presentes na fruta sejam os responsáveis pela sensação de saciedade.
Tendo em conta que, em média, um copo de sumo de laranja corresponde a 120 kcal, a bióloga refere ainda que este é uma das melhores sugestões para os lanches mais tardios, em alternativa às bolachas, bolos, salgados ou chocolates. Por um lado, oferece nutrientes essenciais que não estão presentes nestes últimos, mais calóricos, e, por outro, é capaz de diminuir o apetite para a última refeição do dia.
Fonte: boasnoticias.sapo.pt
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