Seis por cento dos internautas portugueses já compraram medicamentos online, revela um estudo do Infarmed divulgado hoje. De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento, o número é "significativo".
Os dados são fornecidos com base na primeira sondagem em território nacional nesta matéria, que se baseou em 800 entrevistas efectuadas em Janeiro.
A análise mostra que cerca de 46 por cento dos medicamentos comprados online são substâncias destinadas ao emagrecimento. Os anti-depressivos são a segunda escolha mais frequente, sendo responsáveis por 16,7 por cento das vendas.
De acordo com o relatório, 15 por cento dos inquiridos tinha comprado medicamentos para "aumento muscular", 6,2 por cento para a "impotência sexual" e 4,2 por cento para doenças oncológicas.
A grande maioria (74 por cento) das pessoas que recorreram às "farmácias" online declaram ter "grande conhecimento sobre os riscos que correm ao adquirir medicamentos em sites não autorizados" a vendê-los. Sessenta e quatro por cento afirma ainda ter verificado se os sites eram autorizados pelo Infarmed, pela opinião de amigos ou consumidores, certificados de garantia ou indicação do médico.
A maior parte dos entrevistados que já compraram medicamentos online fizeram-no porque estes "são mais baratos" (29,2 por cento), porque é mais "cómodo e prático" (20,8 por cento) ou por "não existirem em Portugal" (14,6 por cento).
O principal entrave apontado à compra de fármacos online é a "falta de confiança", razão que reúne o consenso de 37,9 por cento dos inquiridos.
Há muito que o organismo vem alertando para os riscos das compras de fármacos através da Internet, onde podem ser disponibilizados medicamentos sujeitos a receita médica sem que haja necessidade de apresentar a prescrição, fármacos contrafeitos ou não licenciados, por exemplo.
in tek.sapo.pt (21.01.2010)
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